sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A casa sem fim

Deixe-me começar dizendo que Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-facebook). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem.

"David, cara, nós precisamos conversar."
Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.

Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.

Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.

A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.

Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.
No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.

A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.

Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.

O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.


Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.

Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.

Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.


Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.

Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.

Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-

"Você está bem?"
Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.

A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.
"David, você deveria ter ouvido"

Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.

Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.

Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.

Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.

Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.

Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.

Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.

Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.

"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."
"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."
"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.
"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"
"Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."
Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.
"David?" Eu tive que perguntar.

"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.
A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"
Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.

"Eu vou sair daqui."

David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.

"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.

A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso.


Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.


Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.

David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.
Da sua eterna,
Gerência

Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.

Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.

Jamaica

Jamaica

Rose Hall, um dos mais famosos palácios da Jamaica, é a Casa Grande duma antiga plantação de cana de açucar chamada Rose Hall Plantation. O edifício, construído em estilo georgiano, fica situado nas proximidades, para leste, de Montego Bay, a curta distância da estrada que liga aquela cidade a Ocho Rios. A história do palácio está intimamente ligada a uma das mais conhecidas personagens do imaginário jamaicano, Annie Palmer, a Bruxa Branca.
HistóriaEditar

Inicialmente, a plantação que daria origem à Rose Hall Plantation tinha o nome de True Friendship (Verdadeira Amizade). Em 1746, Henry Fanning comprou 290 acres de férteis campos de cana de açúcar, casando pouco depois com a Rosa Kelly, vindo a morrer apenas 6 meses após o casamento. Rose casaria ainda mais quatro vezes: em 1750, com o plantador George Ash, que viria a falecer em 1752; em 1755 com o Hon. Norwood Witter, falecido 13 anos depois e, finalmente, em 1767, com John Palmer, proprietário da plantação vizinha, Palmyra, e pai de dois filhos que viviam em Inglaterra. Foi este casal que construiu Rose Hall, um palácio que se tornaria no principal cenário da elite jamaicana durante um século, da década de 1770 à década de 1870. Rose Hall foi, então, a maior das Casas Grandes da Jamaica.

Os Palmer viveram ali felizes durante 23 anos, até à morte de Rose, em 1790. Rose deixou toda a plantação ao marido, John voltou a casar dois anos depois com a jovem Rebecca Ann James, de 20 anos, vindo a falecer uns cinco anos depois e deixando tudo em testamento aos seus filhos. Rebecca deixou a Jamaica para viver em Inglaterra e, pela ausência dos dois herdeiros, a plantação passou para as mãos dum sobrinho-neto de John Palmer, de nome John Rose Palmer, que se apoderou da propriedade, o qual viria a casar-se com Annie May Petterson, que se tornaria na famosa Bruxa Branca de Rose Hall.
Annie Palmer, a Bruxa Branca

Annie Palmer, a figura que entraria no folclore jamaicano como a Bruxa Branca (White Witch), nasceu em Paris por volta de 1803.

De acordo com a lenda, Annie era uma mulher de baixa estatura mas de grande beleza. Aos 10 anos de idade, terá viajado com os pais para o Haiti, que ali viriam a falecer de febre amarela. Orfã, terá sido adoptada pela sua ama haitiana, alegadamente uma rainha voodoo que a introduziu nas artes da magia negra. Em 1820, aos 17 anos de idade, chegou à Jamaica como esposa de John Palmer, o proprietário da Rose Hall Plantation. Apesar da propriedade ser uma plantação de sucesso, com mais de 2.000 escravos a trabalhar nos seus campos, Annie tinha sede de poder, sentindo necessidade de controlar tudo e todos em seu redor. Diz-se que teve vários amantes entre os seus escravos e que terá assassinado vários deles, assim como John Palmer e os dois maridos, igualmente ricos, que se lhe seguiram.

A lenda diz que Anie terá sido assassinada na sua própria cama, através duma mistura de forças físicas e voodoo, depois de ter assassinado o genro do seu capataz, durante a Grande Revolta de Escravos Jamaicana de 1831-32. O corpo foi sepultado imediatamente atrás do Rose Hall, nun túmulo destinado a guardá-lo para a eternidade, e foi executado um ritual voodoo para assegurar que isso aconteceria. No entanto, dizem que esse ritual não foi completamente concluido e que, por isso, o seu espírito ainda circula pelo palácio e pela plantação, sendo vista a andar a cavalo de noite atrás de escravos fugidos ou na varanda do edifício a olhar os campos...

Menino que morou em casa mal-assombrada quebra silêncio de quase 40 anos Danny Lutz e sua família conseguiram passar apenas 28 dias em casa do "Horror em Amityville"







A história da casa mal-assombrada deu origem ao livro Horror em Amityville, que foi adaptado para as telonas Divulgação
Danny Lutz tinha apenas 10 anos quando se mudou para a famosa casa mal-assombrada

Danny Lutz tinha 10 anos quando, em 1976, se mudou com sua família para uma casa mal-assombrada. Eles conseguiram morar na residência de luxo de seis quartos e piscina por apenas 28 dias. As histórias tenebrosas contadas pela família Lutz deram origem ao livro Horror em Amityville (The Amityville Horror, no original em inglês), que foi adaptado para o cinema e virou um sucesso.

Após quase 40 anos de silêncio, Danny, que hoje é um homem de meia idade, decidiu falar sobre sua estadia na casa mal-assombrada em um documentário. My Amityville Horror (Meu Horror de Amityville, em tradução livre), dirigido por Eric Walter, usa entrevistas com repórteres, investigadores e especialistas em casos paranormais para desvendar o mistério que envolve essa mansão localizada na cidade de Amityville, nos EUA.

As informações são do tabloide britânico Daily Mail.

Quando se mudaram para a casa de nº 112 na Ocean Avenue, os Lutz já sabiam que uma tragédia tinha acontecido lá meses antes. Ronald DeFeo Jr., de 24 anos, matou sua família por "ordens de vozes que ouvia". No total, seis pessoas foram assassinadas: os pais de Ronald, dois irmãos e duas irmãs.

Treze meses depois, os Lutz se mudaram para a casa e, segundo eles, muitas coisas estranhas e paranormais começaram a acontecer. A família sentia cheiros de perfume ou excrementos no meio da noite, objetos voavam pela sala e crucifixos ficavam de cabeça pra baixo. Eles também contam que viveram experiências de levitação em suas camas.

Um padre chamado para abençoar a casa conta que escutou uma voz mandando ele "cair fora".

Depois de deixarem a casa mal-assombrada, os Lutz jamais retornaram. Mas viver em Amityville não deu sorte à família. Os pais de Danny se separaram, ele saiu de casa aos 15 anos e passou algum tempo vivendo como sem-teto. No documentário, ele revive o que passou e enfrenta a desconfiança de céticos que jamais acreditaram em sua família.
Pra quem quiser participar no nosso grupo, oficial com contos de terror,magias, relatos, mistérios ,filmes tudo num só tema ´´TERROR´´.Sempre temos temas para te causar CALAFRIOS DO MEDO.https://www.facebook.com/groups/1389914871223690/

Waverly Hills Sanitarium

foi aberto em 1926 para o tratamento da tuberculose, conhecida também como “Morte Branca (White Death)”, durante a epidemia que vinha se espalhando com força total pelos Estados Unidos. Estima-se que mais de sessenta e quatro mil pessoas morreram nesse hospital, não somente de tuberculose, vários suicídios ocorreram por médicos, enfermeiras bem como os enfermos que não agüentavam o sofrimento (ou culpa). Mas isso é somente o começo da tragédia, Waverly Hills Sanitarium foi lugar para experiências terríveis e dolorosas na busca da cura da tuberculose, milhares de pessoas morreram durante essas experiências. Entre os procedimentos estavam a Pneumothorax que consiste in desinflar o pulmão para ajudar na cura ou Thoracoplasty, um procedimento muito doloroso que remove algumas costelas para que o pulmão tenha mais espaço para expandir, o problema era que com a grande demanda por anestésicos alguns pacientes eram operados às pressas sem o uso dos mesmos. Desses dois procedimentos somente 4% dos pacientes sobreviveram, porém dizem que houveram outras experiências não documentadas. Vestígios foram encontrados mas pela falta de interesse da policia tais experiências nunca foram comprovadas. Já nos anos 50 a tuberculose foi quase completamente erradicada e o sanatório foi fechado em 1961 para ser reaberto em 1962 como asilo para idosos com problemas mentais. Em 1982 o asilo foi fechado por abuso aos idosos.

Varias pessoas que visitaram o lugar estavam seguras de que tinham visto fantasmas e presenciaram portas batendo e gritos pelos corredores e quartos. O vigia que trabalhou no local durante seis meses depois do fechamento do asilo afirma que durante esse tempo sempre teve vontade de se matar:

“Eu fazia rondas pelo asilo e me sentia triste, olhava as janelas e queria saltar. Somente coisas ruins passavam pela minha cabeça e eu tinha vontade de fazer o mal.” – relatou.

A depressão tomou sua mente até que ele decidiu demitir-se, retomando o controle e a felicidade de sua vida logo após.

Sara Johnson, enfermeira do asilo presa em 1984 por torturar pacientes relatou que “as vozes me mandavam fazer”. Ela dizia que não queria machucar ninguém, mas tinha medo porque os supostos espíritos diziam que iriam matar ela e sua família se ela não obedecesse.

Em 1993 um grupo de quatro médiuns e dois estudantes da paranormalidade foram até o Waverly Hills Sanitarium para estudar os fenômenos que vinham acontecendo no lugar. Tom Ashe, Billie Mason, Charlie Stanley e Scott Mark eram os médiuns e David Price e Spencer Jackson os estudantes. Decidiram passar a noite somente com algumas lanternas, gravadores de voz e um pouco comida. Chegaram ao local às sete da noite e começaram a planificar a jornada noturna.

“Acho que deveríamos fazer grupos de dois e cada grupo fica em um andar diferente.” – disse David Price com voz excitada.

“Olha, eu e o Dr. Tom somos médiuns experientes e não precisamos de companhia. Eu pelo menos me concentro melhor quando estou só.” – respondeu Billie Mason.

“Concordo com você Billie, eu prefiro ir sozinho por que eu acho que a energia de outras pessoas atrapalha a minha conexão com os espíritos.” – confirmou Tom Ashe aos companheiros.

“Vamos fazer assim, Tom e Billie vão sozinhos, eu vou com David e Spencer vai com o Charlie. Estamos de acordo?” – disse Scott.

“Parece um bom plano, eu não quero ir sozinho.” - concordou Charlie.

“Eu coloquei as áreas do prédio mais interessantes no papel e picotei, cada grupo pega um papel dizendo a ala que vai passar a noite, achei que seria bom deixar o destino escolher a área que cada grupo vai.” – disse David.

Tom foi o primeiro a escolher um papel.

“Túnel dos mortos, interessante.” – disse Tom com ar desapontado, ele queria ir para o quinto andar pois sabia que era o lugar mais assombrado.

“Wow, estou com sorte Tom, tirei o quinto andar.” – disse Billie sorrindo para Tom.

“Minha vez.” – disse Spencer pegando um papel. “Ficamos com o quarto andar Charlie.” – completou lendo o papel.

“Então nos restou o térreo e o refeitório Scott.” – disse David mostrando o papel aos demais. “Vamos começar para não perder tempo, eu preciso de muito material para escrever a reportagem para a revista onde trabalho e fazer jus aos gastos da pesquisa.” – completou.

“Certo, mas antes de começar devemos fazer uma oração. Dêem as mãos e vamos formar um circulo.” – disse Tom pegando a mão de Billie.

Tom era o médium mais poderoso entre eles e vinha estudando espíritos desde os dez anos quando começou a ver e conversar com espíritos, dizia que ele vivia nos dois mundos ao mesmo tempo.<

“Por favor Deus, envie-nos bons espíritos para nos guiar e nos ajudar durante essa jornada. Proteja-nos daqueles que profanam Seu nome, guie-nos pelo caminho da luz e não nos deixe perder na escuridão.” – Orou Tom, abriu o olho para ver centenas de pontos de luz girando em torno do circulo feito pelos seis e sentiu-se tranqüilo.

“Ajustem seus relógios para mesma hora, são 7:22 pm, vamos nos encontrar aqui na entrada as 6:00 am em ponto.” – disse David.

Os seis soltaram as mãos e entraram no prédio abandonado. David e Scott que ficariam no térreo se separaram do grupo e andaram em direção a ala dos quartos. Os demais foram para as escadas. Tom desceu para o túnel dos mortos e os outros subiram para seus andares designados.

Em seguida são as gravações das fitas que cada grupo levou consigo.escadaWaverly
8:03 pm “O Túnel dos Mortos é um local muito famoso e muito assombrado também, ele foi construído inicialmente para que os empregados do hospital pudessem entrar e sair sem passarem pela portaria bem como transportar suprimentos para dentro, esse túnel vai do hospital até o trilho de trem que passa por perto. Quando muitas pessoas começaram a morrer e o túnel foi utilizado para transportar os corpos diretamente para os trilhos assim não baixavam a moral dos pacientes. Eu estou sentindo vibrações péssimas aqui, milhares de corpos passaram por esse túnel, eu posso sentir um tipo de fúria dos espíritos que viram seus corpos sendo empilhados para transporte, posso ver algumas pessoas gritando e chorando, médicos e enfermeiras continuam aqui trabalhando como se ainda estivessem vivos. Eu vou mediar um pouco e orar por eles.”

2:20 am “Depois de muita meditação pude me conectar com um espírito de uma mulher que morreu de tuberculose durante uma cirurgia mal sucedida. Ela não sabe que esta morta e não pode entender, me disse que esta esperando seu filho vir, eu disse que talvez ele não viesse, ela então se descontrolou, seu rosto perdeu a forma e tentou me atacar fisicamente, mas desapareceu logo após me chamar de mentiroso, eu não consegui trazer-la de volta.”

4:09 am “Eu estava dormindo, alguém me acordou tocando no meu ombro e me chamou pelo nome, quando olhei havia centenas de espíritos a minha volta, estavam me xingando, outros me mandando ir embora dizendo que era mais seguro, alguns sussurravam aos meus ouvidos tentando me controlar de alguma maneira, eu me concentrei e os afastei pelo método da meditação, alguns ainda estão aqui tentando me controlar ou possuir.”

5:35 am “Não estou mais agüentando, não me sinto seguro, meu corpo esta muito cansado e não consigo concentrar, alguns espíritos me dizem que eu nunca vou sair daqui vivo e que eu deveria me matar para evitar a dor que eles vão me causar. Vou sair do prédio o quanto antes.”

5:42 “Minha lanterna se apagou, a luz do meu relógio esta muito fraca e não consigo encontrar a saída, o túnel é por baixo da terra e não tem iluminação nenhuma, não estou enxergando por onde ando e de tempo em tempo algo me empurra violentamente e me faz girar e perder a direção para onde estava indo, não sinto tanto medo desde minha infância.”

Horário desconhecido: “Não sei que horas podem ser a luz do meu relógio não funciona, estou no escuro e perdido, não sei por quanto tempo estou andando, com sorte os outros estão vindo me procurar. Tem alguma coisa me empurrando, estão tentando me machucar.” (A voz de Tom fica longe do gravador, somente se escuta gritos e sussurros por um tempo, a voz de Tom ainda esta longe mas ele esta gritando e chorando). “MEU DEUS ME AJUDA, ENVIE-ME BONS ESPÍRITOS PARA ME GUIAR E ME AJUDAR DURANTE ESSA JORNADA. PROTEJA-ME DAQUELES QUE PROFANAM SEU NOME, GUIE-ME PELO CAMINHO DA LUZ E NÃO ME DEIXE PERDER NA ESCURIDÃO.” (Segundos depois a voz de Tom novamente se aproxima do gravador). “Esta tudo claro, espíritos de luz então me mostrando o caminho da saída, me cercaram e isso mantém as sombras longe de mim estou correndo o mais rápido que posso. Graças a Deus estou fora do túnel, posso ver a saída do prédio, minha jornada terminou, estou preocupado com meus amigos quem são muito inexperientes mas não vou atrás deles por agora.”

Spencer Jackson e Charlie Stanley – Quarto Andar
8:34pm Spencer: “Eu, Spencer e Charlie estamos no quarto andar do prédio, onde foram reportadas varias aparições de todas as épocas, Charlie sentiu uma energia muito negativa em um dos quartos e vamos ficar por aqui por um tempo tentando fazer contato com espíritos.”

“Charlie esta em transe já faz uns 40 minutos e não responde aos meus chamados, ele esta com o olho revirado e sussurrando algumas palavras mas eu não entendo o que ele diz.”

Spencer: “Criança? Charlie você ta me escutando? Charlie? Você esta vendo uma criança? Você pode me dar a descrição dessa criança? Pergunte quem é ela e por que esta aqui. Charlie esta apontando para a porta, mas não vejo nada lá, vou sair do quarto e olhar lá fora pois estou escutando barulho de algo quicando no chão, estou vendo uma menina de uns cinco anos aproximadamente brincar com uma bola no corredor, vou tentar me aproximar e conversar com ela. Olá, você pode me dizer seu nome? (alguns segundos depois Spencer grita, e pelo barulho, seu corpo e o gravador caíram no chão).”

2:44am Charlie: “Eu encontrei o Spencer desmaiado no chão do corredor e o gravador junto a ele, pelo que escutei no gravador ele encontrou um espírito de uma menina. Ele não é médium e não esta preparado para ver o que certos espíritos tem pra mostrar, a energia aqui é muito maligna, muitos espíritos ruins vivem aqui e nunca se sabe o que pode encontrar. Vou ficar com Charlie aqui até ele acordar.”

4:09am Charlie: “O Spencer acordou minutos atrás, disse que ouviu uma voz o chamando pelo nome e afirma que foi Billie, estamos escutando alguns barulhos do quinto andar onde Billie esta. Spencer me disse que se assustou com a aparência da criança ela não tinha olhos e orelhas e perguntou se ele estava aqui para curar ela. Espíritos podem tomar a forma que querem, por isso temos que estar preparados para ver coisas horrendas. Por alguma razão as coisas nos últimos minutos tem ficado muito agressiva, estamos cercados por sombras, as portas e janelas estão abrindo e fechando, alguma coisa empurrou Spencer que esta aterrorizado. Nós vamos tentar prosseguir para uma área diferente nesse andar.”

4:32am Spencer: “As coisas estão um pouco mais calmas, nós estamos em um quarto grande onde Charlie diz que funcionava uma sala de cirurgia nos tempos da epidemia de tuberculose, esta será a ultima sala que vamos visitar, depois disso vamos embora.”

Charlie: “Eu estou vendo um jovem na mesa de cirurgia, estão operando o rapaz, ele esta aberto do tórax até o abdômen, seus braços e pernas estão amarradas à mesa ele esta gritando e tem muito sangue saindo da boca dele. Me parece que ele esta anestesiado, mas levemente, o sedativo não é muito forte. (Charlie começa a chorar) Ele esta sofrendo muito, posso sentir sua dor ele esta pedindo pra morrer, o médico esta removendo suas costelas, pela energia do médico e enfermeiras, eles estão muito angustiados. Sinto uma repulsa imensa, os espíritos que assombram esse hospital o querem destruir, estão revoltados por tudo que foi feito com eles. Um dos enfermeiros esta nos observando, ele me diz que sabe que esta morto mas se diverte vendo os espíritos sofrerem e disse que íamos nos juntar a eles em breve se eu fizer alguma tentativa de ajudar algum espírito a sair dali.”

5:20 am Charlie: “Vamos sair do prédio, acho que já tivemos provas suficientes de que este lugar é assombrado e nos sugaram toda a energia, preciso comer e descansar. Ainda vejo sombras andando e alguns espíritos. O espírito de um velho esta na porta de saída para as escadas, acho que não quer nos deixar sair, ele esta batendo a cabeça na porta repetidamente e esta sangrando. Vou me aproximar e abrir a porta. Spencer diz não ver ou escutar nada.” (Escuta-se um urro e Spencer no fundo acudindo o amigo, o ruído durou por alguns minutos).

Spencer: “Me parece que o Charlie foi atacado por um espírito, ele esta acordado mas disse que se sente muito franco e precisa descansar um pouco, a porta de saída para as escadas esta trancada, aparentemente não há chave, tentei arrombar mas a porta é de ferro e muito resistente, estamos sem refugio por agora.”

“O espírito que me atacou é de um senhor que morreu aqui um pouco antes do asilo ser fechado. Eu perguntei por que ele esta aqui e me disse que matou muita gente e que o prenderam aqui. Ele sugou um pouco da minha energia, mas consegui me livrar antes de um dano maior ser feito.

5:59 am Spencer: “Escutamos o Billie nos chamando e dizendo para ir embora, a porta da escada se abriu e já estamos no térreo, e entrada do prédio esta a minha frente, aparentemente somos os primeiros a sair. Fico imaginando onde o Billie esta porque se ele abriu a porta e nos chamou ele deveria estar aqui.”







Aparição das Águas ou Morte na Água

Aparição das Águas ou Morte na Água

Histórico: Quando alguém é assassinado nas águas de um lago, o fantasma da vítima pode se transformar em uma entidade raivosa e cheia de rancor: a Aparição das Águas. Essa entidade buscará vingar-se dos responsáveis por sua morte, atacando-os diretamente ou aos seus familiares.

Descrição: Uma Aparição das Águas tem a aparência do seu cadáver afogado. Normalmente apresentará olhos brancos e com corpo pálido e decomposto pelas águas do lago onde morreu. Ela é extremamente forte e tentará afogar todos aqueles que estejam relacionados com os responsáveis por sua morte.

Dicas de intepretação: A Aparição da Águas é uma entidade com uma imensa sede de vingança (desculpe o trocadilho). Ela não irá parar enquanto não for detida ou sua vingança for completada. Contudo, por conta de toda a sua ira, o seu desejo de vingança pode não ter mais fim...

Poderes: Uma Aparição das Águas possui os Numes descritos a seguir.

Afogamento Sobrenatural: Uma Aparição das Águas mata suas vítimas através de afogamento. Para realizar um Afogamento Sobrenatural, é necessário usar um ponto de Essência para cada tentativa e fazer um teste disputado de Poder + Refinamento contra a parada de Perseverança + Autocontrole da vítima. Se a vítima perder, ela morre afogada, mesmo que a quantidade de água possa parecer insuficiente para isso. A Aparição das Águas poderá usar o Afogamento Sobrenatural enquanto tiver pontos de Essência remanescentes.

Manifestação Aquática: Uma Aparição das Águas pode se manifestar em qualquer lugar onde a água do seu lago (que normalmente é sua âncora) alcance. Por exemplo, se alguém usa a água do lago em casas particulares, a entidade pode se manifestar onde a água sair, como um banheiro ou pia. Assim que a entidade se manifesta, a água se torna negra e começa a se tornar abundante de forma sobrenatural. Uma Aparição das Águas pode se manifestar apenas onde houver a água de seu lago, mas em contrapartida ela recebe um modificador de +3.

Ponto Fraco: Para derrotar uma Aparição das Águas é preciso que seu corpo seja achado, salgado e queimado. Outra maneira de derrotar uma Aparição das Águas é saciar seu desejo de vingança. Depois que ela matar ou perdoar os responsáveis por sua morte, a Aparição das Águas desaparece. A entidade também não consegue atacar em locais onde a água de seu lago não alcança.

Aventuras:
- Um dos parentes dos PJs foi morto por uma Aparição das Águas e o PJ é a próxima vítima.
- Várias mortes por afogamento ocorreram em uma determinada região em um curto espaço de tempo, o que leva os PJs a investigarem.

Aprimoramentos: Corpo Espiritual: A entidade é completamente imune a qualquer ataque físico quando está invisível. Imunidade Relativa a Ataques Físicos: A entidade pode ser atingida se materializada, porém, não sofre danos permanentes de ataques físicos quando se materializa. Se seus PVs chegarem a zero, ela simplesmente desaparece por 1d6 rodadas para retornar logo em seguida completamente recuperada. Teleporte: A entidade pode se teleportar uma vez a cada duas rodadas, porém só pode fazer isso através da água do lago onde morreu.

Ataques Especiais: Afogamento Sobrenatural: Uma vez a cada 3 rodadas, a Aparição das Águas pode afogar uma vítima por meio sobrenatural. Caso a vítima falhe em um teste de resistência de Will, seus pulmões se enchem de água e ela morre afogada.

domingo, 19 de maio de 2013

Terror Noturno

Sonhos aterrorizadores são parte da natureza humana: existem muito poucas pessoas que nunca tiveram um pesadelo uma vez na vida. Os gregos antigos pensavam que, durante o pesadelo, se era dominado por um "incubus" (um pequeno demônio), que se sentava no tórax do sonhador, levando-o à sensação de sufocamento, dificuldades respiratórias, e um coração pesado e acelerado. Entretanto, existe um tipo raro de fenômeno ameaçador durante o sono que não é exatamente como um pesadelo. Ele é chamado de "terror noturno"ou "Pavor Nocturnus" e é um severo distúrbio do sono, consistindo de ataques de terror agudo emergindo do sono profundo sem sonhos. É acompanhado por violentos movimentos corporais, agitação extrema, gritos, gemidos, falta de ar, suor, confusão, e em alguns casos, fuga da cama ou do quarto, comportamento destrutivo e agressão dirigida a objetos ou contra eles mesmos ou outras pessoas. Feridas, fraturas e lesões podem ocrrer em consequência. O terror noturno ocorre durante a fase do sono não-REM (não-Rapid Eye Movement) geralmente dentro de uma hora após o sujeito ir para a cama (estágio 4 do sono). Um episódio pode acontecer em qualquer lugar e durar de cinco a vinte minutos enquanto o sujeito ainda está sonolento. Os olhos podem se abrir. O paciente geralmente é incapaz de se lembrar de qualquer coisa após o acontecido. Terror noturno pode coincidir com sonambulismo (de fato, 1/3 das crianças com terror noturno também têm sonambulismo), em cujo caso andar e correr ocorre em conjunção com gritos, saltos e agitação violenta. Episódios mais moderados, chamados "excitação confusional" são mais comuns em crianças, e pode envolver somente gemidos, balbucio e agitação motora da cabeça, corpo e pernas. Após o episódio, de nada resolve consolar ou tranquilizar o paciente. Durante o ataque de terror noturno, existe uma superativação do sistema nervoso autônomo simpático, incluindo dilatação das pupilas, sudorese, aumento nas taxas respirátórias e cardíaca, e aumento na pressão arterial. A taxa do coração (taquicardia) pode aumentar até 160 a 170 batimentos por minuto (o normal geralmente é de 60 a 100 no adulto), os quais são maiores que aqueles ocorrendo durante os episódios de estresse mais severos. Diagnóstico: De acordo com a classificação international DSM-IV de distúrbios psicológicos, são os seguintes os critérios usados para diagnosticar o distúrbio do terror noturno: Episódios repetitivos de despertar abrupto do sono, geralmente durante o primeiro terço de hora de sono, começando com um grito de pânico; Medo intenso e sinais de excitação autonômica; Não-responsividade relativa aos esforços para confortar a pessoa durante o episódio; O paciente lembra-se de um sonho não-detalhado e existe uma amnésia (esquecimento) do episódio; O episódio causa sofrimento ou prejuízo na vida social, trabalho ou outras áreas importantes da vida; O distúrbio não é devido aos efeitos diretos de uma droga de abuso ou medicação, ou condição médica geral. As Causas do Terror Noturno O terro noturno é um tipo de parainsônia (ocorrências de movimentos e comportamentos inapropriados durante o sono). As parainsônias mais comuns são as paroxísticas em natureza ("ataques") e estas incluem terror noturno, pesadelos, sonambulismo ("andar dormindo") e enurese ("fazer xixi na cama"). As causas do terror noturno ainda são desconhecidas, mas é acreditado ser fisiológico e não psicológico. Ansiedade extrema, estresse e conflitos, conscientes ou subconcientes são fatores facilitadores. Em crianças, a precipitação de eventos traumáticos, febre e distúrbio emocional pode exibir um papel. Pesadelos e terror noturno não são a mesma coisa;os primeiros são distúrbios do sonho ocorrendo durante o sono REM (rapid eye movement), enquanto o terror noturno não têm esta associação e ocorre no estágio 3 e 4 do sono profundo. Pesadelos são facilmente lembrados e não levam a confusão mental e desorientação, sonambulismo e outros fenômenos que são típicos de terror noturno. Além do terror noturno, dois outros distúrbios, sonambulismo e enurese geralmente ocorrem no estágio 4 do sono, e não durante o sonho. O EEG durante o repouso em pacientes com terror noturno geralmente é normal. Entretanto, o terror noturno pode ser influenciado por qualquer coisa que prolongue ou intensifique o sono, tais como mudanças abruptas no rítmo sono-despertar, e também por privação de estágios mais profundos do sono (3 e 4). Algumas vezes eles emergem em pacientes que tomam medicamentos antidepressivos e param de tomá-los (estes medicamentos, tais como os antidepressivos tricíclicos e inibidores na monoamina oxidase, são conhecidos por suprimir o sono REM). Algumas teorias biológicas do terror noturno apontam para uma imaturidade do sistema nervoso como possível causa, mas ela não foi comprovada. Entretanto, é verdade que ela é mais frequente em crianças entre as idades de três e cinco anos. 1 a 4 % das crianças mostram no mínimo episódios recorrentes e crianças do sexo masculino são mais afetadas do que as do sexo feminino. Nas crianças, geralmente é um distúrbio auto-limitante, que desaparece espontaneamente após poucos episódios. Adultos podem experenciar episódios semanalmente, e algumas vezes, várias vezes na semana. O distúrbio pode levar anos para desaparecer e o tratamento é mais difícil. Não existem evidências de fatores genéticos, mas algumas vezes susceptibilidade a terror noturno acontece em famílias. Tratamento A primeira conduta a ser tentada é minimizar o estresse e os fatores pré-disponentes, tais como irregularidades do tempo de ir para a cama e do tempo de despertar, e comer alimentos condimentados ou gordurosos antes de ir para a cama. No caso em que o paciente está tomando qualquer droga pré-disponente, ela deve ser suspensa gradualmente. Psicoterapia a longo prazo frequentemente é necessária. Técnicas de hipnose e biofeedback também podem ajudar. Certas drogas psicoativas tais como os antidepressivos tricíclicos e benzodiazepinas (diazepam) podem ser usados para o controle a curto prazo do terror noturno, mas o seu resultado não é certo e deve ser evitado quando possível. O tratamento também deve ter como objetivo proteger o paciente de possíveis danos contra eles mesmo e contra os outros. Agressão interpessoal pode ser evitada por fazer o indivíduo dormir sozinho. dispositivos eletrônicos podem ser usados para despertar o paciente com um alarme de som alto quando o movimento do corpo indicativo de um episódio de terror noturno ocorrer. Um engenheiro eletrônico, após sofrer um destes episódios, em que destruiu os móveis e objetos de seu quarto e quebrou um braço, inventou o "olho elétrico": um raio infravermelho invisível colocado 30 cm acima da cama, o qual é interrompido quando a pessoa se senta sobre a cama, e então dispara o alarme. fechando a porta e janelas do lado de fora também ajuda a prevenir pacientes de deixar o quarto durante os episódios de terror noturno. Crianças podem ser pegas no colo acalmando-as nos braços e falando suavemente com ela, até que a sensação de terror diminua. Autores Silvia Helena Cardoso, Psicobióloga, mestre e doutora em Ciências.Diretora fundadora e editora-chefeda revista Cérebro & Mente. Universidade Estadual de Campinas. Renato M.E. Sabbatini, Diretor do Núcleo de Informática Biomédica, Universidade Estadual de Campinas. Copyright 1997 Universidade Estadual de Campinas

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O INCRÍVEL CASO DE UMA VILA INTEIRA QUE DESAPARECEU "Quais forças poderiam fazer todos os habitantes de uma vila afastada, em um local isolado, desaparecerem por completo sem deixar vestígios? Qual mistério estaria por trás desse incrível e sobrenatural desaparecimento?" O Relato a seguir é justamente sobre esse acontecimento! "Talvez o mais fantástico entre todos os casos contemporâneos seja o desaparecimento de uma vila esquimó inteira, às margens do lago Anjikuni, em 1930." Até hoje as autoridades canadenses não foram capazes de resolver esse enigma ou entrar em contato com membros ou descendentes daquela tribo. É praticamente como se ela jamais tivesse existido. O mistério surgiu em novembro de 1930, quando um caçador de peles valiosas de nome Joe Labelle entrou, caminhando pela neve, na familiar vila de barracas existente nas proximidades do lago Anjikuni, no Canadá (Coordenadas GPS Referenciais: Latitude / Longitude = 62°23'16.63"N, 101°20'14.21"W), encontrado-a completamente deserta. Apenas duas semanas antes, a última vez em que Labelle estivera lá, a vila era um assentamento agyitado e cheio de vida, com crianças correndo e fazendo algazarra, velhas carregando roupas, homens carregando madeira e conversando nos alpendres. Agora ao invés das amigáveis saudações de acolhimento, Labelle foi recebido por um silêncio sobrenatural. Sem encontrar viva alma, o caçador procurou desesperadamente por pistas que o levassem a explicar a situação. Absolutamente em vão. Os caiaques dos esquimós continuavam ancorados como de costume, suas casas guardavam os artigos essenciais dos habitantes da vila: seus tapetes e rifles. Nas fogueiras apagadas do acampamento, encontravam-se os familiares potes de cozido de carne de caribus (cervo) congelados, que consistiam no prato rotineiro da tribo. Tudo estava no lugar certo, com exceção das pessoas. Era como se a comunidade inteira de duas mil pessoas tivesse deixado subitamente as suas casas no meio de um dia normal. Mas havia outro detalhe diretamente relacionado à sua ausência: Labelle verificou, profundamente estarrecido, que não havia rastros no chão indicando que as pessoas saíram do acampamento. Tomado por um estranho e mórbido sentimento de terror o caçador dirigiu-se ao escritório telegráfico do distrito mais próximo e alertou a Real Polícia Montada do Canadá. Os mounties nunca tinham ouvido história parecida. Uma expedição foi imediatamente organizada a fim de investigar a vila, sendo também empreendida uma busca ao longo das margens do lago Anjikuni. Não foi possível localizar a tribo perdida e a expedição só serviu para agravar o mistério. Ao chegar no acampamento deserto, os mounties canadenses encontraram duas gélidas provas que insinuavam definitivamente a possibilidade de que houvesse ocorrido um evento sobrenatural. Em primeiro lugar, descobriram que os esquimós não levaram os seus trenós puxados por cachorros, como Joe Labelle afirmou de início. Além disso, as carcaças dos huskies foram encontradas cobertas de neve acumulada pelo vento nas cercanias do acampamento. Eles morreram de inanição. Em segundo lugar, e em alguns aspectos o mais inacreditável, foi a descoberta de que as sepulturas dos ancestrais da tribo haviam sido profanadas e os restos mortais, removidos, ou seja, apenas os humanos, incluindo os mortos foram retirados da tribo. "Por quem e por quê, ninguém sabe". Esses dois fatos deixaram as autoridades perplexas. Os esquimós não poderiam de maneira alguma ter viajado sem um dos seus meios de transporte típicos, os trenós ou os caiaques. E jamais deixariam seus fiéis servos caninos morrerem de uma forma tão lenta e dolorosa. Ainda assim, eles partiram, e os cachorros foram deixados à sorte. O segundo enigma, as sepulturas abertas, era o bastante para os etnólogos familiarizados com o comportamento da tribo, uma vez que a profanação de tumbas era desconhecida entre os esquimós. Além disso, o solo estava tão congelado que parecia petrificado e seria impossível escavá-lo à mão. Como afirmou um oficial mounty na ocasião: "Esse acontecimento é, de um modo geral, "fisicamente improvável". Mais de meio século depois, esse veredito ainda permanece o mesmo, pois nada foi encontrado. "O que na verdade teria acontido com os habitantes da vila? Foram exterminados? Transpassaram para outra dimensão? Fora abduzidos, ou o que poderia ter acontecido?"

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A verdadeira cidade de Silent Hill 

Esta é Centralia, uma cidade fantasma situada no Condado de Columbia, Pensilvânia, EUA. Lá viveram mais de 5.000 pessoas em 1960. Houve um cinema, três escolas, uma dúzia de restaurantes, correios e sete igrejas. Era uma cidade próspera de mineiros. Agora, em 2010, apenas 4 pessoas residem lá. A maioria dos prédios abandonados foram demolidos ou por seres humanos ou da natureza. À primeira vista, a área parece ser agora um campo com muitas ruas asfaltadas passando por ele. Algumas áreas estão sendo preenchidas com florestas novas. A igreja ainda no bairro, Santa Maria, realiza cultos semanais no domingo e não é afetada pelo fogo. A cidade de quatro cemitérios, incluindo um no topo da colina que tem fumaça ao redor e fora dele ... A razão de tudo isso é que
em um dia de 1962 um acidente em uma mina de carvão causou um enorme incêndio. O fogo se espalhou pela mina, que se estendia por quase todo o subsolo da cidade, liberando gases tóxicos por toda a cidade. Devido ao calor gerado, ocorreram inúmeros incêndios na cidade neste período. A população foi obrigada a abandonar a cidade para evitar doenças respiratórias, já que não haviam encontrado forma de conter o enorme incêndio.
Além dos gases tóxicos, muitos outros perigos foram assustando os moradores de Centralia. O dono de um posto de gasolina fechou as portas em desespero após descobrir que a gasolina no tanque subterrâneo do posto estava com mais de 75 °C.
Em 1981, um garoto de 12 anos caiu em um buraco que surgiu repentinamente sob seus pés, um amigo que estava próximo conseguiu segurar o garoto antes que ele afundasse totalmente no buraco de 450 metros de profundidade, onde ainda era possível ver as chamas no fundo. O garoto relatou que sentiu-se como se estivesse caindo no inferno... No centro do fogo, as temperaturas facilmente ultrapassam 1.000 graus [Celsius]."O fogo queima e move-se gradualmente em todas as direções, ameaçando as cidades adjacentes. Ironicamente, o nome de uma das cidades mais próximas de Centralia é Ashland.

Devido à grande quantidade de carvão mineral, o fogo continua queimando o subsolo da cidade até os dias de hoje, mais de 40 anos após o início. E de acordo com especialistas, o fogo poderá continuar ativo por pelo menos mais uns 5000 anos


Dybbuk

 

No folclore Judeu, um dybbuk é um espírito maligno possuidor, acredita-se que seja a alma "deslocada" de uma pessoa morta.

Dybbuks são almas que escaparam de Geena (um termo hebraico vagamente análogo ao conceito de inferno) ou almas em que a entrada em Geena foi negada por terem cometido uma grave transgressão como o suicídio. A palavra dybbuk é derivada do Hebraico דיבוק e significa "anexo", o dybbuk se "anexa" (possui) ao corpo de uma pessoa viva e habita a sua carne. Segundo a crença, uma alma que foi incapaz de cumprir sua função durante a sua vida é dada outra oportunidade para fazê-la em forma de dybbuk. Ele supostamente deixa o corpo do hospedeiro, uma vez que tenha conseguido seu objetivo, ou em algumas vezes depois de ser "ajudado" (ver exorcismo no judaísmo) é relatado também no filme

 The Unborn (Alma Perdida),  a protagonista é atormentada por um dybbuk sob a forma de seu irmão gêmeo não nascido ,  Como também  no filme relatado Possessão.

 Dybbuk também pode ser um espírito do "mal"; espreitando a morte das pessoas para habitar o corpo e assim mostrar ao que lhe renegou entrada na vida eterna , que lhe serve e espalha seu nome; Sendo assim podem ser encontrados Dybbuk's do bem, nada provado.

Filme “Possessão” e a história real

“Em 2001, o marceneiro Kevin Mannis comprou uma caixa com inscrições em hebreu na venda do espólio de Havela, uma sobrevivente do holocausto. Sua neta contou que ela dizia que a caixa continha um dibbuk, demônio da mitologia hebraica. 
Mannis deixou o baú no porão de sua oficina – onde lâmpadas explodiram sem explicação. Vozes disseram palavrões e um cheiro de xixi de gato surgiu do nada. Ele deu a caixa à sua mãe, que sofreu um derrame cinco minutos depois. O rapaz começou a ter pesadelos em que era perseguido por uma mulher horrorosa. 
Desesperado, em 2003, ele vendeu o objeto no Ebay a um estudante, que também teve sonhos ruins e começou a perder o cabelo e ter manchas na visão periférica. O estudante a vendeu em 2004 para Jason Haxton, diretor de um museu. No primeiro dia com a caixa, ele sentiu dor de estômago – e sonhou com a mulher horrorosa.
A família de Haxton começou a reclamar que a casa estava sempre fria, mesmo com o aquecedor ligado. Ele e seu filho viam sombras vagando pelos cômodos. Doente, tomado por brotoejas e com dificuldade de engolir, Haxton localizou Mannis e, juntos, tentaram identificar a origem da peça amaldiçoada.
Encontraram uma prima de Havela, que revelou que, nos anos 40, Havela invocara um demônio para combater os nazistas. Sem poder controla-lo, aprisionou-o na caixa. 
A saúde de Haxton só melhorou quando ele fez um ritual wiccano de exorcismo em outubro de 2004 e guardou o baú numa arca de acácia folheada de ouro.”   

 

Sinopse: Clyde e Stephanie Brenek veem pouco motivo para preocupação quando sua filha mais nova Emily se torna estranhamente obsessiva por uma caixa de madeira antiga que comprou em um brechó. Mas conforme o comportamento dela fica ainda mais estranho, eles começam a temer a presença de uma força maligna. Trata-se de um dibbuk, um espírito que habita na caixa e que pode devorar a alma de quem a possui.
Assisti o filme e gostei pouco, sendo que sua história tivesse alguns pontos diferentes e lembrasse muito o filme (clássico!) “O Exorcista”. Do mesmo jeito que não tem enrolação, acabou sendo previsível. Queria ter ido assistir no cinema, teria dado mais emoção. Falando a verdade, acho que me interessei mais pela história real do que pelo filme.

A mandrágora é uma planta importante na tradição do ocultismo, principalmente devido ao fato de que suas raízes são muitas vezes a forma de um corpo humano, com braços e pés.

 "As propriedades ocultas do Mandrake são pouco entendidas, mas tem sido responsável pela aprovação da planta como um talismã capaz de aumentar o valor ou a quantidade de qualquer coisa com a qual estava associada. Como um amuleto fálico, a mandrágora era considerada uma cura infalível para esterilidade. Foi um dos símbolos fálicos que os Cavaleiros Templários, que foram acusados ​​de adorar. A raiz da planta parecida com um corpo humano e muita vez da os contornos da cabeça humana, braços ou pernas. Esta impressionante semelhança entre o corpo do homem e da mandrágora é um dos enigmas da ciência natural e é a base real para a veneração em que esta planta foi realizada. Em Ísis, a Senhora Blavatsky assinala que a mandrágora parece ocupar a terra do ponto onde os reinos vegetal e animal se encontram, como os zoófitos. Esse pensamento abre um vasto campo de especulação sobre a natureza desta planta-animal ".
- Manly P. Hall, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades

planta mística dada pelo fauno, o Mandrake, que curou a mãe de Ofélia de seu males, até que encontrou debaixo da cama e, não gostando disso, queimou.

Bruxaria, mito ou realidade?
 
A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da Língua Portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Para os bruxos atuais, contudo, a bruxaria é o culto à deusa e ao deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio,assírio, greco-romano e normando (viking).

Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade. A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir, englobando a feitiçaria e muitas outras formas de ação sobre o plano físico.
O Inicio Verdadeiro: A Bruxaria, a feitiçaria e todos os rituais espirituosos e religiosos que envolvem as trevas, começaram antes do dilúvio.
Ao lermos o Capitulo 6 de Genesis, podemos ler nos 2 primeiros versos: 1° - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,2°- Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
Na época de Enoque, houve uma 2°rebelião no Céu e nessa rebelião cerca de 100 anjos que estavam apaixonados pelas mulheres da Terra largaram o Céu e vieram a terra, esses anjos ao terem relações com essas mulheres, começaram a revelar segredos, magias,etc...
Das relações entre os Anjos e essas mulheres, nasceram gigantes sobre a terra, e esses anjos também ensinaram aos homens a fazer o Mal, como está escrito no livro apocrifo de Enoque:

Azazyel ensinou os homens a fazerem espadas, facas, escudos, armaduras (ou peitorais), a fabricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de pinturas, o embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras valiosas, e toda sorte de corantes, para que o mundo fosse alterado.
Amazarak ensinou todos os sortilégios, e divisores de raízes:
Armers ensinou a solução de sortilégios;
Barkayal ensinou os observadores das estrelas;
Akibeel ensinou sinais;
Tamiel ensinou astronomia;
Asaradel ensinou o movimento da lua,

Para resumir essa história Deus enviou 5 anjos que são: Gabriel, Miguel, Radael e Suryal para prender esses Anjos caídos em um grande abismo onde estão e ficarão presos até o dia da Justiça de Deus, quanto a Terra, Deus destinou-a ao dilúvio mantendo vivo apenas Noé e todos que estavam na Arca.
A bíblia afirma em Judas 1-6 E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;.
A Bruxaria continuou na terra por que após o Dilúvio, homens enganados pelo Diabo foram tentados a fazer símbolos e rituais para invocar o poder dos anjos que estão no abismo. Atualmente a bruxaria, a Magia etc... está totalmente ligado a livros de magia da Cabala( livro judeu de magia), goética (livro de satanismo), necronomicon.

Necronomicon

Goética

Cabala

Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna. A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da bruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental. Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.
Bruxas
Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte da Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.
Diziam que as bruxas voavam em vassouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são Bruxos/as mas que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca´não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
Em algumas regiões do Brasil o termo também pode ser usado para designar uma mariposa (traça em Portugal) grande e de coloração escura. Talvez por associar-se a imagem da borboleta a uma imagem humanóide feminina como as fadas e, assim, remeter a imagem da mariposa à de uma senhora de idade avançada, de vestes escuras e de hábitos noturnos - a bruxa.
FONTES:
Wikipédia
Bruxaria.Net
Site de Bruxaria e Magia
LIvro de Enoque
Bíblia